Revista Espírita, abril de 1859
Ditados pelo Espírito de Alfred de Musset, para a senhora **
Se tu sofres na Terra,
Pobre coração aflito,
Se para ti a miséria
É um quinhão obrigado
Pense, em tua dor,
Que tu segues o caminho
Que conduz pelas lágrimas
Para um melhor destino.
Os pesares da vida
São pois muito grandes
Para que teu coração esqueça
Que um dia nas primeiras classes,
Por preço de teus sofrimentos,
Teu Espírito depurado Terá os prazeres
Do império etéreo?
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A vida é uma passagem
Da qual conheces o curso;
Age com sabedoria,
Terás mais felizes dias.
Nota. O médium que serviu de intérprete, não só é estranho às regras mais vulgares da poesia, mas jamais pode fazer um único verso por si mesmo. Escreve-os com uma facilidade extraordinária sob o ditado dos Espíritos, e embora seja médium há pouco tempo, delas já possui uma coletânea numerosa, das mais interessantes. Nós as vimos, entre outras, encantadoras e oportunas,”que lhe foram ditadas pelo Espírito de uma pessoa viva que evocou, e que habita a 200 léguas. Essa pessoa, quando está desperta, não é mais poeta que ele.
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